Ao longo dos séculos, a Catedral de Notre Dame de Reims enfrentou desafios épicos, desde guerras até incêndios e revoluções, emergindo sempre mais majestosa a cada adversidade.
A saga começou no final do século V, com a escolha do local para a construção de uma modesta igreja. Já no século IX, os arcebispos Ebbon e Hincmar elevaram a catedral, conferindo-lhe a grandiosidade digna das coroações reais e essa ascensão continuou nos séculos seguintes.
Entretanto, um desastre atingiu a igreja em 1210, quando um incêndio cruel devastou suas estruturas. Longe de desanimar, em 1211, o Arcebispo Aubry de Humbert lançou a primeira pedra da catedral que admiramos hoje, marcando o início de uma era de renovação.
Infelizmente, em 1481, um novo incêndio devastou parte do telhado, mas com o apoio real, a construção prosseguiu, e como agradecimento, flores-de-lis, símbolo da realeza, foram adicionadas ao telhado.
Durante a Revolução Francesa, a catedral foi saqueada e parcialmente danificada para eliminar os símbolos reais, substituindo-os por inscrições revolucionárias. Felizmente, no século XIX, uma nova geração de arquitetos, liderada por Viollet-le-Duc, realizou restaurações e substituições, revitalizando a catedral.
Contudo, durante a Primeira Guerra Mundial, em 19 de setembro de 1914, a catedral foi atacada pelos bombardeios alemães, o telhado pegou fogo, os vitrais explodiram e as estátuas foram mutiladas, necessitando de mais uma restauração.
Essa restauração teve início em 1919, mas só foi concluída duas décadas depois com a reinauguração da catedral, em 1938, contando com a presença de personalidades do mundo todo.
Merecidamente, em 1991, a Catedral de Notre Dame de Reims recebeu a honra de ser incluída na lista do patrimônio mundial da UNESCO, um reconhecimento à sua importância cultural e histórica.
A Arquitetura da Catedral de Notre Dame de Reims
A imponente Catedral de Notre-Dame de Reims destaca-se como uma obra-prima inigualável. Com 149,17 metros de comprimento e 87 metros de altura até o campanário, ela se ergue sobre uma planta em cruz latina, uma característica distintiva da arquitetura gótica.
Ao contemplarmos a fachada ornamental da catedral, somos imersos em um mundo de esculturas detalhadas, relevos esculpidos e vitrais magníficos. Com 2.303 estátuas adornando suas paredes, entre essas notáveis esculturas, destaca-se o Anjo Risonho, símbolo da cidade de Reims, que empresta um toque de encanto a essa majestosa construção.
A fachada principal revela três portas ricamente esculpidas, cada uma contando uma história única. A porta central é dedicada à Virgem Maria, sua vida e glorificação. À direita, a porta do Juízo Final representa a ressurreição e o julgamento final, com Cristo em um trono e anjos carregando os instrumentos da Paixão. Enquanto à esquerda, a porta é dedicada à Paixão de Cristo, com Cristo crucificado entre a Virgem e São João.
No exterior, também podemos destacar a galeria dos reis, datando de meados do século XIV e composta por 56 estátuas. Embora esses reis nunca tenham sido identificados com certeza, parece lógico que ali encontramos os reis da França e ancestrais de Cristo. Ao centro, destaca-se a representação do batismo de Clóvis por São Remi.
Certamente, uma visita à Catedral de Notre Dame de Reims é um convite para se perder nas páginas da história, onde cada pedra tem uma história de resistência, renovação e resiliência. Imperdível para aqueles que buscam uma jornada através dos séculos.
Imagens: Oficina de Turismo de Reims e Site Oficial da Catedral de Notre Dame de Reims
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Que detalhamento maravilhoso!gratidão.
Magnifica !!!!!