Os Jardins do Castelo de Versalhes possuem cerca de 90 hectares e ficam dentro de um parque com aproximadamente 800 hectares no total. São diversos locais que contemplam jardins, parques, fontes, estátuas, rios, pequenas construções e até mesmo uma gruta, repletos de detalhes e cada qual com sua própria personalidade. Além disso, ao longo do ano você poderá inclusive apreciar espetáculos incríveis!
A seguir, você conhecerá um pouco mais sobre a história e os principais destaques do local e poderá planejar o roteiro de sua visita para conhecê-los.
JARDIM FRANCÊS DO CASTELO DE VERSALHES
Os Jardins de Versalhes são um belíssimo exemplo do estilo “a la francesa”, que se caracteriza por linhas retas, com simetria e formas geométricas minuciosamente talhadas.
Eles foram criados a pedido de Luís XIV que os considerava tão importantes quando o palácio e queria que eles impressionassem os visitantes e estivessem à altura da majestosa construção e luxo do castelo.
Transformar o terreno pantanoso na bela obra de arte que conhecemos atualmente foi uma tarefa monumental. O trabalho durou cerca de 40 anos para ser finalizado e foi iniciado em 1661 por André Le Nôtre, que contou ainda com Jean-Baptiste Colbert (o gerente do projeto), Charles Le Brun (o responsável pelo desenho de várias fontes e estátuas), Jules Hardouin-Mansart (o arquiteto e construtor da Orangerie) e milhares de homens.
Além da participação do rei, é claro, que fazia questão de verificar pessoalmente cada um dos detalhes e não poupava esforços – e principalmente recursos – para a construção da obra.
Em dezembro de 1999, um forte vendaval devastou muitas árvores (mais de 10.000) que foram arrancadas e danificadas. Por isso, foi necessário um projeto de revitalização (finalizado em 2010) para replantar e restaurar estas espécies de forma a preservar suas características da época de Luís XIV.
Durante a sua visita, você poderá observar a bela composição formada pelos canteiros minunciosamente desenhados, as flores que embelezam a paisagem, as árvores em formato de cones e podadas com perfeição para terem todas exatamente o mesmo tamanho. Complementando a paisagem, temos espelhos d’água, lagos, fontes, labirintos, bosques e estátuas.
Veja abaixo as principais atrações:
A Orangerie
Um espaço dedicado para a exposição de mais de 1.000 árvores frutíferas em caixas, incluindo laranjeiras, limoeiros, entre outras. Algumas das espécies possuem mais de 200 anos de idade e são provenientes de países como Portugal, Espanha e Itália. No final do outono, elas são recolhidas e armazenadas dentro do castelo para serem protegidas do frio que se aproxima e bem preservadas.
Observação: É acessível somente em visita guiada.
A Fonte de Latone
Esta bela fonte representa Latone (conhecida como Leto na mitologia grega), a deusa do anoitecer, mãe de Apolo e Diana (conhecida como Ártemis na mitologia grega), protegendo seus filhos dos insultos dos camponeses e pedindo ajuda para Júpiter que, após ouvir suas súplicas, transforma os agressores em sapos e lagartos.
A Fonte de Apolo
Esculpida por Jean-Baptiste Tuby entre 1668 e 1670, representa Apolo, o deus do sol, emergindo das águas com a carruagem sendo puxada por cavalos e seres marinhos mitológicos.
A Fonte de Netuno
Em homenagem a Netuno (o deus dos mares), foi construída entre os anos de 1679 e 1682. Esta grandiosa fonte possui impressionantes 99 jatos de água.
Bosque do Salão de Baile
Uma das últimas áreas construídas no jardim (entre 1680 e 1685), foi concebida como um anfiteatro ao ar livre com uma pista para dança (retirada posteriormente), tendo como destaque a criação de uma grande cachoeira com oito níveis, elaborada com rampas de mármore e decorada com conchas, juntamente com pedestais altos e vasos de chumbo dourados.
Bosque das Colunas
Construído em 1685 por Jules Hardouin-Mansart, consiste em 32 colunas esculpidas em mármore ligadas por arcos decorados com cupidos. Em baixo de cada arco, situa-se uma fonte e em cima jarros. Ao centro, encontra-se uma estátua de François Girardon, intitulada “L’Enlèvement de Proserpine par Pluton” (O Rapto de Proserpina por Plutão), e representa o momento em que Proserpina é raptada por Plutão para torna-la sua esposa.
A Fonte do Bosque Enceladus
Esta fonte foi esculpida em chumbo por Gaspard Marsy entre os anos de 1675 e 1677 e representa a guerra dos gigantes contra os deuses do Olimpo. Retrata um Enceladus (este nome vem da mitologia grega e significa gigante) semienterrado sob uma pilha de rochas, lutando para sobreviver. O jato de água que jorra de sua boca representa um grito de sofrimento.
O Grande Canal
É um dos maiores projetos no jardim, levou 11 anos para ser construído e consiste em um espaço aquático em forma de cruz com mais de 1.600 metros de comprimento. No passado, ele foi utilizado para batalhas e desfiles navais. Além disso, a realeza também o utilizava para desfrutar de relaxantes passeios em gôndolas e, nos invernos, o canal era utilizado como pista de patinação. Atualmente, entre março e outubro, você pode alugar um barquinho para realizar um passeio por ele e apreciar ainda mais de perto sua beleza.
PARQUE DO CASTELO DE VERSALHES
O parque de Versalhes é um lugar perfeito para relaxar, descansar, apreciar a natureza, andar de bicicleta (é possível alugar no local) ou mesmo fazer um piquenique. Ele pode ser acessado por quatro entradas de pedestres ou uma de veículos e é gratuito.
DOMÍNIOS DO TRIANON
O Grand Trianon
Servia como uma segunda residência para o rei Luís XIV, um lugar para que ele pudesse fugir das formalidades da corte e pudesse se encontrar com sua amante.
O Petit Trianon e os Domínios de Maria Antonieta
Local que servia como um refúgio para a rainha Maria Antonieta, de forma que ela pudesse desfrutar de uma vida simples como uma pessoa comum.
Confira um artigo especial sobre este local encantador: Os Domínios de Maria Antonieta no Castelo de Versalhes
JARDIM INGLÊS DO CASTELO DE VERSALHES
Faz parte dos domínios do Petit Trianon, tendo sido criado a pedido de Maria Antonieta em 1774. Possui uma aparência rústica de bosque, bem ao natural, preservando as características da própria natureza. Os principais destaques do local são:
Templo do amor
Construído entre 1777 e 1778, consiste em uma espécie de coreto em estilo clássico, localizado sobre uma plataforma elevada com 12 colunas coríntias que sustentam uma cúpula adornada com rosetas esculpidas. No centro, encontra-se uma estátua intitulada “Bouchardon”, “l’Amour se taillant un arc dans la massue d’Hercule” (O Amor talha um arco no bordão de Hércules).
O Belvedere
Esta pequena construção foi concluída em 1781 e está localizada em cima de um monte com vista para o lago. Em forma octogonal, possui esculturas em baixo relevo que representam as quatro estações, além de quatro portas que se abrem para um interior ricamente decorado com pinturas nas paredes e no teto e o chão em mármore. Era utilizada como sala de estar e música pela rainha durante o verão.
A Gruta
Consiste em uma pequena caverna entalhada em uma pedra e foi concluída em 1782. Em um dos lados, é possível acessar o local por uma escada escondida, permitindo sua ocupação sem que se perceba pelo lado de fora. (na época, o propósito desta passagem secreta levantou muitos rumores) Do outro lado, uma cachoeira cai por baixo da superfície da pedra.
Agora que você já sabe de todos os encantos presentes no local, pode preparar melhor sua visita para poder apreciar o interior do castelo e todo o seu majestoso entorno!
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Além disso, você poderá contar com uma assessoria para a compra antecipada dos ingressos e do áudio guia – disponível em português.
